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O mundo em que vivemos está cheio de teorias. Ou seja, existem inúmeros conjuntos de regras ou leis que regem o mundo ou a sociedade. E como sabemos, a Palavra de Deus é a teoria máxima que rege todo o universo. E é justamente por este motivo que precisamos nos aplicar buscando conhecê-la cada vez mais.
Percebemos, no entanto, que não basta ser um conhecedor da Palavra de Deus. Ou seja, uma vida de teorias não basta, antes, é necessário que haja prática, vivência para que a teoria se torne viva dentro de nós. Neste sentido, fico um tanto perplexa ao conhecer e me deparar com muitas pessoas que possuem um excelente conhecimento da Palavra, sendo capazes de discorrê-la em diversos aspectos. Todavia, não possuem a vivência, a pratica de tudo o que está escrito. Ou seja, quando os convidamos para colocar a mão no arado, se esquivam, fogem do compromisso e preferem continuar endeusando as suas teorias ao invés de vivê-las na prática. Conhecem a Bíblia de Gênesis a Apocalipse mas nunca viveram o que está escrito em Mateus 16:24 "Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me". Vale ressaltar que vemos esta ordenança de Jesus nos evangelhos de Mateus, Marcos (8:34) e Lucas (9:23). São os típicos teóricos da Fé que conhecem e dominam com profundidade a Palavra. No entanto, vivem bem distantes de tudo o que nela está escrito. Jesus combateu este tipo de pessoa enquanto exercia o seu ministério entre nós. Aliás, esteve cercado por teóricos que só sabiam criticá-lo, confrontando as suas atitudes com a Lei. Vale ressaltar que os teóricos da fé são especialistas em criticar, em por defeito naquele naqueles que estão realizando a obra de Deus.
É interessante notar que geralmente o teórico conhece a letra mas não compreende a essência, o âmago do que lê. Para ele vale o que está escrito e pronto. Ou seja, não busca analisar e compreender o que lê com os olhos e com a visão de Deus. O Espírito Santo, para ele, é um sujeito estranho, que é sempre posto de lado. O Apóstolo Paulo, por exemplo, era um teórico que aprendeu a amar e a seguir a teoria aos pés de Gamaliel, um grande doutor da Lei. Embora conhecesse a Palavra, não conseguia discernir a grandeza do amor de Deus. No entanto, ao cair de seu cavalo a caminho de Damasco, perdeu, por um momento a sua visão natural, passando a adquirir a visão que iria transformar a sua vida para sempre. Me ponho a imaginar Paulo relendo tudo o que conhecia sob um novo prisma, compreendendo que precisava vivenciar e experimentar o que ali estava escrito. Após mergulhar na vivência da Palavra, chegou a declarar que em nada considerava a sua vida preciosa, contanto que vivesse o seu chamado, o negar-se a si mesmo (Atos 20:24).
Que Deus sempre possa abrir os nossos olhos e os nossos corações para que não sejamos meros teóricos da fé. Que possamos praticar e viver tudo o que está escrito, tudo o que temos aprendido com o Senhor. Que possamos viver a essência da Palavra em toda a sua plenitude, que honremos ao Senhor não apenas com os nossos lábios, mas com as nossas atitudes, com os nossos frutos, salvando e restaurando muitas vidas, pois há sobre a responsabilidade de um envio apostólico: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt. 28:19,20).
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